Às vezes, parece não ser necessário muito para que uma cidade, um lugar, um espaço público, ainda que distante de centros urbanos, tenha sua realidade transformada (mesmo que por um instante ou mesmo no imaginário de cada um de seus habitantes). Pequenas ações podem mudar perspectivas locais.

Um container. Nesse espaço físico de proporções mínimas, uma pequena equipe e um laboratório de reprodução e ampliação de imagens digitais colocam-se a serviço de uma comunidade.

Ao possibilitar que qualquer pessoa, por meio de oficinas abertas ao público, manipule e crie suas imagens, o Foto Volante passa a ser não só um dispositivo para a educação, criação e preservação de acervo mas,

também, uma ferramenta para a democratização da imagem – e, porque não, do fazer cultural.

Faz isso ao proporcionar, também, a digitalização de fotos pessoais antigas e castigadas pelo tempo (não raro tudo o que restou de uma pessoa que partiu ou até mesmo de um momento histórico da cidade). São as chamadas Jornadas de Documentação, uma possibilidade de digitalizar acervos particulares e públicos. É quando o Foto Volante deixa um legado simbólico pela cidade ou lugarejo em que passou.

Exposições também são realizadas como parte das ações do Foto Volante, sendo esse um instrumento de educação e de comunicação entre os moradores de um mesmo lugar.

Iatã Cannabrava
Pangeia De Dois